o selo da coroa

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15.9.07

O dilema tecnológico

"E agora, o que eu faço?", pensou Crusher, o tecnomante. Suas mãos estavam trêmulas, estava suando frio e estava extremamente fadigado, nunca antes havia encontrado algo tão difícil em toda a sua vida. "Isso não pode ser Beta-C, não tem cara, são implementações mais complicadas", resmungou desesperançado, constatando pela segunda vez a mesma coisa. "O que é isso, então?! O desgraçado que programou isso não é normal, na verdade, isso nem pode ser obra de uma inteligência humana...". Levantou de sua cadeira eletromática, foi até a estante virtual e começou a procurar por alguns livros; na verdade, chegou até a ler partes de alguns, e deve ter ficado mais de uma hora fazendo isso. Sentou-se novamente e pôs-se a lutar novamente contra a tela do computador, olhando todos aqueles caracteres alinhados e dispostos em sequências; ele conhecia cada um daqueles caracteres, cada um deles, mas não tinha idéia do que eles estavam fazendo juntos. Derrepente, Crusher teve um estalo: "Isso é um programa usado para chamar um código interno!". Isso era uma vitória muito significativa, e ele ficou horas, talvez dias, separando aqueles caracteres em duas categorias, que ele chamou de "Caller" e "Target"; o seu objetivo, na verdade, era analisar os dados que ele chamou de "Target".
Quando finalmente consegiu terminar a tarefa, mais uma vez se desesperou: nunca havia visto nada parecido. Mas, ao menos, identificou algo lógico naquilo, e tinha esperança de desvendar, fosse o que fosse. Ficou muito tempo, não há como saber quanto, olhando para a tela e repetindo a pergunta: "O que usaram alí?". Sua mente começou a buscar formas de sair dalí, e ele começou a se lembrar de momentos agradáveis, entre eles, aquele dia em que ele deu seu primeiro beijo em Violet, em uma aula muito chata de História da Informática I, em que o professor falava sobre... "É isso!", pensou, "Jà sei o que usaram alí: é Java. Usaram Java alí!".
Depois de todo o sufoco que passou, Crusher havia achado a luz no final do túnel. E, mais uma vez, essa era uma luz violeta...

Um comentário:

Unknown disse...

quem diria que um javali violeta um dia resolveria os problemas de um analista de sistemas*, não?

*: sabemos que a palavra 'hacker' tá pra lá de gasta.